Entre os 40 CV exteriores e os 25 CV interiores havia uma diferença de altura de 15 CV. Podem ser colocadas 3 hipóteses: a) Hipótese aqui adotada: O muro exterior era 15 CV mais alto do que as colunatas interiores e as salas do Tesouro, resguardando terraços sobre estas, que funcionariam como galerias superiores (lembrando / inspirando as galerias superiores para as mulheres nas sinagogas). Cf.: «E [o átrio das mulheres] era, inicialmente, nivelado, mas depois cercaram-no com uma galeria, para que as mulheres olhassem de cima enquanto os homens estavam em baixo, e não se devem misturar.» (Mid 2, 5). b) O muro exterior era 15 CV mais alto do que as colunatas interiores, sendo a diferença de altura preenchida por um telhado inclinado. c) Aparentemente, F. Josefo quer dizer que a diferença entre os 40 CV do muro exterior e os 25 CV interiores era preenchida pelos 14 degraus. Desse modo, o muro exterior atingiria a mesma altura das colunatas interiores, já que a diferença de 15 CV seria preenchida pelos degraus, na base. Porém, essa hipótese é inviável, ilógica e inestética: Os degraus seriam demasiadamente altos para serem usados por seres humanos, pois cada degrau teria uma altura superior a 0,47 m (15 CV / 14 = 1,07… CV)! Mesmo preenchendo a altura de 15 CV com os 19 degraus (14 + 5), a altura de cada degrau seria muito elevada: mais de 0,35 m (15 CV / 19 = 0,78… CV)! Por cima dos 15 CV preenchidos pelos degraus, restariam 25 CV para o muro exterior (como para as colunatas interiores). As portas, de 30 CV de altura, ficariam mais altas do que o muro. As êxedras interiores, medindo 40 CV de altura, ficariam desniveladas, mesmo tendo «aspeto de torres». De qualquer modo, por cima das portas, o muro teria de ter 40 CV de altura, elevando-se 15 CV, para formar a parte externa das êxedras, o que tornaria muito difícil a circulação dos vigilantes sobre o muro. |