Era uma vez um menino que brincava junto de uma vizinha, enquanto esta costurava... Certo dia, este cândido menino roubou-lhe uma agulha, achando ele que não seria grave roubar-lhe uma coisa tão insignificante. Tendo roubado a agulha, levou-a à mãe. É claro que esta não o repreendeu por um crime tão insignificante! Mais tarde, roubou, a outra vizinha, um dedal. Se não era grave roubar uma agulha, também não o era roubar um dedal. Tendo-o roubado, levou-o à mãe. Se esta não o repreendeu por este ter roubado uma agulha, também não o repreendeu por este ter roubado um dedal. Mais tarde, roubou, a outra vizinha, uma tesoura. Se não era grave roubar um dedal, também não o era roubar uma tesoura. Tendo-a roubado, levou-a à mãe. Se esta não o repreendeu por este ter roubado um dedal, também não o repreendeu por este ter roubado uma tesoura. Mais tarde, roubou, a outra vizinha, uma faca. Se não era grave roubar uma tesoura, também não o era roubar uma faca. Tendo-a roubado, levou-a à mãe. Se esta não o repreendeu por este ter roubado uma tesoura, também não o repreendeu por este ter roubado uma faca. Mais tarde, roubou, a outra vizinha, um prato. Se não era grave roubar uma faca, também não o era roubar um prato. Tendo-o roubado, levou-o à mãe. Se esta não o repreendeu por este ter roubado uma faca, também não o repreendeu por este ter roubado um prato. Mais tarde, roubou, a outra vizinha, um vaso. Se não era grave roubar um prato, também não o era roubar um vaso. Tendo-o roubado, levou-o à mãe. Se esta não o repreendeu por este ter roubado um prato, também não o repreendeu por este ter roubado um vaso. Mais tarde, roubou, a outra vizinha, um espelho. Se não era grave roubar um vaso, também não o era roubar um espelho. Tendo-o roubado, levou-o à mãe. Se esta não o repreendeu por este ter roubado um vaso, também não o repreendeu por este ter roubado um espelho. Mais tarde, roubou, a outra vizinha, um par de brincos. Se não era grave roubar um espelho, também não o era roubar um par de brincos. Tendo-os roubado, levou-os à mãe. Se esta não o repreendeu por este ter roubado um espelho, também não o repreendeu por este ter roubado um par de brincos. ... ... ... Os anos foram passando. Certo dia, tornado ladrão profissional, daqueles que roubam e matam, foi preso e condenado à forca. Pediu que lhe fosse permitido despedir-se da sua mãe. Tendo sido autorizado, chegou junto dela, com o maior sentimento filial, cortando-lhe o nariz com os dentes e dirigindo-lhe as ternas palavras de despedida: «Vê, minha mãe, o que me devia ter feito quando eu roubei a primeira agulha?» Adaptado da tradição popular. | |||
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