Dubitando, ad veritatem parvenimus... aliquando! Duvidando, chegamos à verdade... às vezes!
 
Membros cancerígenos da sociedade

A Polícia Judiciária portuguesa tornou público um estudo sobre as características dos incendiários. Esse estudo, realizado entre 1997 e 2010, com 234 pessoas referenciadas, identifica 3 grupos de incendiários:
  1. Cerca de 55 % dos incendiários:
    1. são homens ou mulheres de qualquer faixa etária, a maior parte deles solteiros ou divorciados, analfabetos ou com muito pouca escolaridade e sem profissão definida (reformados, desempregados, biscateiros, trabalhadores precários, etc.);
    2. têm antecedentes criminais por pequenos furtos;
    3. têm forte história clínica de demência associada ao consumo de álcool ou de outras drogas (alcoolismo, nos homens, e depressão, nas mulheres);
    4. têm muita dificuldade em controlar os impulsos e muitos apresentam atrasos mentais significativos e não conseguem avaliar as consequências dos seus atos (alguns nem apresentam discurso coerente);
    5. pegam os fogos com fósforos ou isqueiros, entre as 12 e as 20 horas, próximo do local onde vivem, e começam por negar o ato criminoso que praticaram;
    6. muitos são os primeiros a dar o alerta de fogo ou a ajudar a combatê-lo, já que gostam muito de ver o espetáculo das chamas e do combate;
    7. o ato de pegarem o fogo não tem relação direta com os proprietários dos terrenos;
    8. um subgrupo de indivíduos jovens solteiros do sexo masculino (com menos de 20 anos ou entre 36 e 45), analfabetos e alguns deles ex-bombeiros, que foi repetindo e desenvolvendo a técnica de pegar o fogo (para ver os bombeiros em ação e as pessoas agitadas), é motivado pelo impulso irresistível de destruir e pelo prazer de ver algo a ser destruído.
  2. Cerca de 41 % dos incendiários:
    1. são, sem prevalência, homens ou mulheres de 46 anos ou mais, casados;
    2. têm pouca instrução escolar;
    3. movem-se por sentimentos hostis de vingança e de raiva aos proprietários dos terrenos;
    4. têm dificuldades em se relacionarem social e pessoalmente e quase não têm amigos;
    5. por norma, cometem o crime sob o efeito de álcool, entre as 12 e as 16 horas, usando isqueiros ou fósforos;
    6. pegam o fogo próximo ao local onde moram e abandonam-no logo após o ato;
    7. alguns casos estão associados ao alcoolismo e à epilepsia.
  3. Cerca de 3 % dos incendiários:
    1. são homens com idades entre os 20 e os 35 anos, sem estado civil prevalente;
    2. têm baixa instrução escolar e exercem uma profissão não especializada;
    3. não têm registo de antecedentes clínicos ou criminais;
    4. pegam o fogo por benefícios tangíveis do incêndio ou para conseguir benefícios económicos (renovação de pastos, abertura de caminhos, etc.);
    5. pegam o fogo entre as 00 e as 12 horas, usando engenho incendiário, próximo do local onde habitam, que abandonam após o ato.
Em geral, os incendiários:
  1. demonstram ter dificuldades no relacionamento interpessoal;
  2. têm pouca escolaridade;
  3. pegam o fogo entre as 12 e as 16 horas e entre as 20 horas e a meia-noite, ou seja, após as horas das refeições e do consumo de álcool;
  4. abandonam o local depois de pegaram o fogo.
Este estudo mostra o que o mais elementar bom senso permite verificar. Poderia ser feito com outro tipo de criminalidade e os resultados seriam semelhantes, com as devidas adaptações. As características gerais aqui apresentadas, desde que feitas as respetivas adaptações, aplicam-se aos perturbadores da ordem pública em geral, começando pelos que frequentam as escolas.

Uma das primeiras obrigações de quem governa é a de proteger as outras pessoas. A sociedade não pode ser vítima de quem só consegue entender a linguagem da violência. É preciso usar a linguagem que as pessoas conseguem entender. A única maneira de lidar com pessoas com as características aqui indicadas é aplicar punições suficientemente duras que desmotivem a perturbação da ordem pública. Os criminosos precisam de perder o impulso irresistível de fazerem o mal ao próximo, se não por amor, ao menos por medo.

A desculpabilização do «coitadinho» que «temos de compreender», porque «tem muitos problemas pessoais» e «muitos problemas em casa», só serve para perpetuar e agravar a insegurança. A impunidade é o reforço negativo da criminalidade.

A quem detém o poder, exige-se que corte e arranque urgentemente os membros cancerígenos da sociedade, a fim de proteger da destruição o resto do corpo. Amar o próximo é defender as vítimas; não é premiar os agressores! A não ser que quem manda considere seu próximo o agressor e não as vítimas…


«Se, porém, o teu olho direito te escandaliza, arranca-o e lança-o para longe de ti; pois é melhor para ti que pereça um dos teus membros do que todo o teu corpo ser lançado na Geena. E se a tua mão direita te escandaliza, corta-a e lança-a para longe de ti; pois é melhor para ti que pereça um dos teus membros do que todo o teu corpo ir para a Geena».

«Ei de o ophthalmos sou o dexios skandalizei se, exele auton kai bale apo sou; sumpherei gar soi ina apolêtai en tôn melôn sou kai mê olon to sôma sou blêthê eis Geennan. Kai ei ê dexia sou kheir skandalizei se, ekkopson autên kai bale apo sou; sumpherei gar soi ina apolêtai en tôn melôn sou kai mê olon to sôma sou eis Geennan apelthê».

«Si autem oculus tuus dexter scandalizat te, erue eum et proice abs te; expedit enim tibi, ut pereat unum membrorum tuorum, quam totum corpus tuum mittatur in Gehennam. Et si dextera manus tua scandalizat te, abscide eam et proice abs te; expedit enim tibi, ut pereat unum membrorum tuorum, quam totum corpus tuum in Gehennam abeat». (Mt 5, 29-30)

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