Dubitando, ad veritatem parvenimus... aliquando! Duvidando, chegamos à verdade... às vezes!
 
A atual crise e as suas causas

Estamos, uma vez mais, no início de uma crise!

Cabe-nos julgar que esta crise, ainda incipiente, tem três causas fundamentais, sendo a primeira a causa das outras duas:

1- Sociedade sem valores — A nossa sociedade está a apodrecer a olhos vistos. Não se acredita em nada, não se respeita ninguém e vive-se para o momento imediato. É esta a norma pela qual tudo tem de ser regido. Vai-se vivendo num analfabetismo de princípios morais e de fundamentos culturais, ou em múltiplos labirintos ideológicos. Cada pessoa passa a viver em função das expectativas criadas no imediato, conseguindo atingi-las ou não, conforme o poder alcançado ou a alcançar, numa luta selvagem. As outras pessoas são encaradas como meros objetos adjuvantes ou oponentes na promoção pessoal e no que é agradável e divertido no imediato.

2- Política sem valores — Cada sociedade é regida pela política com a qual se identifica maioritariamente. Quem tentar inverter esta situação é destruído, mas também uma sociedade regida por má política não escapará. Ora, numa sociedade sem valores, vingam mais facilmente os políticos que não acreditam em nada, que mais facilmente enganam o povo e jogam com ele, e que agem apenas conforme o que lhes dá votos nas eleições seguintes. Um político que assim procede fica muito bem visto e tem fácil acesso para subir a cargos mais altos, mas arruína a economia e conduz o povo para uma crise como esta que começamos a viver. Isto tanto pode acontecer a nível nacional, como a nível local, sendo nacional também a soma do que acontece a nível local. Como consequência, vai-se tornando impossível realizar uma política justa, de verdadeiro serviço, exercida em função não apenas do presente, mas também do futuro, que tenha em conta a Humanidade no seu todo, e que torne cada ser humano mais responsável e dignificado. Por isso, o resultado começa a estar à vista.

3- Economia sem valores — Em consequência das causas anteriores, só se pode esperar uma economia de luta selvagem, à livre vontade dos mais fortes, criando ilusões nos mais fracos e jogando com eles, em função do enriquecimento rápido de quem pode e das ilusões do imediato. Como começamos a verificar, com uma economia assim concebida, os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Quem não consegue acompanhar a luta económica selvagem, fica condenado ao fracasso, ao desemprego e a não conseguir pagar as dívidas (criadas, muitas vezes, em resultado de ilusões imediatistas). Tal como outros, também os recursos económicos são limitados!

Agora, por mais que nos custe, não adianta acreditar em falsos profetas, pois os círculos viciosos, como este que começamos a viver, só terminam na autodestruição. É próprio das sociedades decadentes. Resta-nos, contudo, a esperança e a curiosidade de saber como será a nova sociedade, pós-moderna!

 

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